domingo, 20 de abril de 2008

Um monarca para cada português

A Republica é mesmo uma chatice.

É com um autêntico manifesto de baboseiras que Dom Vasco Teles da Gama explode no seu mais primitivo instinto monárquico.

Culpa tudo o que é Governo por subidas do petróleo, subida do preço dos cereais e alimentos, custo de vida e excesso de divida à banca. Isto como se Portugal fosse uma ilha económica e politica, alheia a qualquer influência externa. Reconhece na Espanha o seu "sonho de menino", afinal eles é que sabem enganar a UE não cumprindo cotas. Talvez não saiba que as cotas são uma forma de regular preços e evitar a extinção da agricultura na Europa, e claro acabar com parte do sector primário. Talvez seja fisiocrata (!).

Uma das formas para estimular o crescimento do PIB e equilibrar o orçamento é o investimento. Salvaguardando as mais variadas concepções que é possível considerar, é fácil entender que para estimular o investimento e (obviamente) o crescimento têm de se evitar a diminuição do aforro. Cortar no investimento de forma categórica, é passar a mensagem de estagnação e do atraso que daí advêm. Deve-se procurar um equilíbrio corrente, sem esquecer nunca a óbvia divida pública.

Como seria de esperar a Igreja é actualmente um mártir à mercê da Republicá profana. Eu pessoalmente dispenso a infinita bondade de Deus. Aqui talvez o Estado Novo deixasse Dom Vasco mais descansado, sempre teria o lugar no céu.

"Quanto aos novos ricos, que há cerca de meio século que não eram tão poucos, nada têm já que ver com os Mellos, Queiroz Pereira ou Champalimauds, outrora tão vilipendiados."

Sinto aqui uma certa tristeza. Já não há novos ricos, afinal o que vai ser deste país sem a elite bancária que tanta falta faz para contraria a "proletarização da classe média" e que "talvez por seguirem ou ao menos respeitarem a doutrina social da Igreja, reinvestiam a maior parte dos lucros obtidos pelo seu capital na criação de novas empresas, gerando milhares de postos de trabalho e contribuindo para o progresso do País". Esta afirmação só demonstra a desenvolvida racionalidade do senhor Dom Vasco. Que para rematar lamenta o voto democrático, e como esse voto ignora a vontade do povo. (risos)

É caso para dizer: Aí que saudades do lápis azul.