quarta-feira, 30 de abril de 2008

Recibos vermelhos

Esta moção de censura demonstra alguma irresponsabilidade do PCP. Poderia perceber-se uma moção de censura "geral", mas nunca pela revisão do Código de trabalho. Os comunistas querem ser o porta-voz de nem-percebo-bem-o-quê. Compreende-se que as expressões profissional liberal ou recibo verde custem a encaixar no Capital, mas deviam fazer um esforço e verificar que nem toda a gente trabalha para o Estado ou em comunas. Não há tantos operários assim e os professores conhecem, se não conhecem deviam conhecer, o que significa ter comunistas a conduzir uma nação. Ainda agora pagamos a factura de um PREC.

Digam logo: 1 português = 1 emprego na Função Pública. É que assim voto logo no PC, eu e todos os ex-universitários que trabalham no Jumbo do Dolce Vita.

Uma Russia precisa de amigos

A insistência da Rússia nas relações com o Irão não são uma ameaça. Ameaça seria se o Irão estivesse isolado de qualquer Estado Ocidental e, ou recusa-se o reconhecimento de um vizinho próximo. Nesta evocação a Palestina devia preocupar bem mais. Não pela sua belicidade, que é fraca, mas como ninho de ideias.

A Rússia quer, sem duvida, uma aproximação aos países Ocidentais. A sua sede por respeito Internacional é conhecida e percebe-se porquê. Muito mais que geoestratégica, o reconhecimento mundial é uma questão histórica de afirmação e orgulho nacional. Tomamos os russos como um país poieticamente incapaz e ostracizado pelo comunismo, mas existe um forte sentimento nacional que mantém aquele enorme território sobe uma só nacionalidade, coisa que mesmo nós nesta marquise da Europa conseguimos sempre ter. Ainda queriamos nós regionalizar, descentralizar. Mas o que é que há para descentralizar?

domingo, 27 de abril de 2008

Máquina do tempo

"Não posso falar em nome da CGTP. Obviamente, a CGTP decidirá o que fazer. Mas do ponto de vista político e social consideramos que esta proposta, ou anteproposta, penaliza duramente os trabalhadores, dá mais poderes às entidades patronais e colide com essa tal opção que os [deputados] constituintes tomaram em 1976." dito por Jerónimo de Sousa ao DN

E o mundo não mudou desde 1976! Este viver no passado do PC bloqueia-lhe as artérias e só se mantêm vivo devido ao SNS do PS.

Bolonha, insucesso e as focas

Depois de ter estado numa reumática fila de espera para as cantinas devido, ao que parecia ser um passeio de uma junta de freguesia qualquer dirijo-me ao único quiosque aberto ao domingo na Praça.

Entre revistas e jornais chamou-me a atenção a manchete do JN: "Três em cada dez alunos universitários não terminam o curso", porque o Publico de hoje nem inspira a sua compra e o Expresso custa um almoço, matei a curiosidade da manchete. Como já devia esperar, não era bem isso que eles queriam dizer, o título na pagina 6 era outro: Três em cada dez universitários atrasam-se a completar o curso. Aqui, a única novidade era serem apenas três em dez.

Ainda no primeiro parágrafo fiquei algo admirado com as declarações de Luis Reis Torgal, coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares na UC. Diz ele que "o facilitismo de Bolonha vai contribuir para elevar" as estatísticas de sucesso. É verdade que de faculdade para faculdade as coisas são diferentes, mas na minha faculdade, facilitismo, foi coisa que nunca observei. Concordo com ele quando diz que Bolonha foi uma "oportunidade desperdiçada de fazer uma excelente reforma do Ensino Superior", "o pânico, a tragédia e o horror" poderiam descrever o que um aluno universitário sente ao dirigir-se aos serviços académicos e descobrir que não está inscrito na faculdade. Ou entrar numa sala e ver que o único lugar vago é a cadeira opé do Dr., confesso que foi aqui, também, que descobri o quão confortável pode ser um degrau de escadas.

Mas voltando ao facilitismo anunciado, de forma muito simples mostro que isto é tão verdade como Santana Lopes ser o próximo presidente do PSD.

1-Os exames passaram de 3 horas para 2 horas, óptimo seria que todas as provas tivessem a estrutura para as anunciadas 2 horas. Ora isso não acontece, e quando damos por ela estamos a resolver o caso prático por tópicos.

2-Alunos de primeiro ano com cadeiras de segundo ano. É uma emoção entrar em cadeiras como Direito Internacional e não ter noção sequer do que era uma reserva de lei.

3-Avaliação continua é apenas para 30 a 40 pessoas, quando numa turma somos seguramente mais de 150.

4-Quase nenhuma cadeira têm avaliação continua. Eu nem me queixo muito, tenho aulas em que a utilidade marginal das mesmas é negativa.

5-A época de recurso é meses depois da primeiro exame.

6- A época de recurso em Setembro já não existe.

7-Temos mais cadeiras por cada ano.

Agora mostrem-me o facilitismo disto tudo. A licenciatura é de quatro anos, certo. Mas obviamente, que não vou conseguir fazer nos quatro anos. Ou então, para isso tornaria-me um devorador de doutrina, um acéfalo sugador de matéria mastigada, incapaz de me relacionar com os outros e com o que me rodeia. Pena tenho eu dos que se focam unicamente na licenciatura. Que mundo perdem eles. Que vida inútil eles levam.

Como diz um sóbrio professor meu, "Quem só sabe Direito, nem Direito sabe.".

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Cartaz

O cartaz de Maio no TAGV está composto.

Dia 29 Jazz no Salão Brazil em conflito directo com a peça ...como as cerejas e Micro Audio Waves a dar musica dia 17. O pianista Hauschka faz uma visita a Coimbra dia 21, elevado grau nas minhas prioridades!

Artigo alheio

Um bom artigo na Economist sobre os alargamentos da União Europeia e os seus "exames" de admissão.

25 de Abril e os bebés

O CDS teve a brilhante ideia de centrar as comemorações parlamentares do 25 de Abril no Presidente da Republica. Uma daquelas propostas que num país democrático simplesmente não interessa.

Se o CDS viesse, de forte empenho, propor um melhoramento substancial nos incentivos para a natalidade seria bem mais útil. Ou se quiserem apenas estar nos telejornais sempre podiam por o Paulo Portas versão Hillary-Clinton-New-Hampshire a pedir desculpa pela abstenção em 1976. Isso sim puro folclore politico!

Gosto tanto de democracia.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A minha musica a três

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Insultos Politicos

Naquilo que podia ser uma base de dados o Times publica algumas dos insultos mais marcantes na politica.


“When she speaks without thinking, she says what she thinks”
Lord St John de
Fawsley sobre Margaret Thatcher

Alertas para os Direitos Humanos



Até que ponto estamos dispostos a sacrificar os Nossos Direitos pela segurança?

E 10% para a senhora branca ali do fundo

Nada de novo. Como era de esperar o estado da Pensilvânia fez jus à sua fama pró-Hillary que é como quem diz, os trabalhadores rurais que não são republicanos. E poderíamos dizer o mesmo de Obama, que mais uma vez a comunidade afro-americana esteve com ele. Mas quem ainda pensa desta forma está longe de conhecer o verdadeiro movimento por detrás deste senador.

Como lia ontem no destaque do Público, as diferenças entre Obama e Hillary "não são pequenas são mínimas". Mas é na minúscula diferença entre candidatos e percentagens eleitorais que grandes alterações politicas daí poderão advir.

Com a margem exacta de 10% de Hillary sobre Obama, o espectáculo segue, mais uma vez, dentro de momentos.

Um problema digestivo europeu


by sadaznam in deviantart


Após a condenação de 3 homens, por crimes de guerra na Bósnia, fica no ar uma sensação de impunidade. Aquilo que devia ser um esforço de justiça exemplar na história da União Europeia faz rodapé nos jornais e deixa a opinião publica, já habituada às "avarezas das guerras dos outros", numa indiferença robótica. A ex-Jugoslávia têm mais crimes de guerra per capita que qualquer (ex) país na Europa, contudo o futuro desses países não parece melhor desde a sua desagregação.

Após anos de guerra inter-religiões o custo vai muito para além do economicamente contável, a ferida não sara e o espírito não esquece. A verdade é que muito mais podia ter sido feito. A cobardia da UE nos momentos chave mantêm-se, agora em relação ao Kosovo. A sua pesada herança histórica demonstra a fragilidade politica da UE e dá razão aos mais pessimistas.

Karadzic e Mladic continuam a monte e nem com a ajuda dos eternos (EUA) se anuncia a sua captura. O medo das querelas internas na UE é de tal ordem que torna qualquer intervenção, mesmo em prol da paz, uma autêntica jogada de cheque-mate na hora da aproximação politica.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Manuela vai em frente

A liderança do partido até podem ser favas contadas. Agora, uma ex-ministra das finanças a concorrer a primeiro ministro. Nem mesmo contra Sócrates...

Onde o comunismo e o capitalismo se cruzam

Nunca foi tão óbvio que nenhum sistema vale por si só. Somos mais parecidos do que queremos fazer querer, tudo o que é e foi dito sobre o comunismo vs capitalismo não passará na prática de uma questão higiénica de imagem, que resultará indubitavelmente numa aproximação. Sem qualquer escrúpulo ético ou valorativo. Talvez, hoje a hipocrisia seja a única coisa que os distinga.

domingo, 20 de abril de 2008

Mogadishu, outravez...

Numa estranha e infeliz coincidência mal acabo de ler um post no blog O Diplomata a "avisar" para uma reportagem da BBC sobre Mogadishu, saí em BreakingNews na Reuters: More than 80 died in Mogadishu fighting.

A quantidade de conflitos armados no mundo é realmente assombrosa.

Um monarca para cada português

A Republica é mesmo uma chatice.

É com um autêntico manifesto de baboseiras que Dom Vasco Teles da Gama explode no seu mais primitivo instinto monárquico.

Culpa tudo o que é Governo por subidas do petróleo, subida do preço dos cereais e alimentos, custo de vida e excesso de divida à banca. Isto como se Portugal fosse uma ilha económica e politica, alheia a qualquer influência externa. Reconhece na Espanha o seu "sonho de menino", afinal eles é que sabem enganar a UE não cumprindo cotas. Talvez não saiba que as cotas são uma forma de regular preços e evitar a extinção da agricultura na Europa, e claro acabar com parte do sector primário. Talvez seja fisiocrata (!).

Uma das formas para estimular o crescimento do PIB e equilibrar o orçamento é o investimento. Salvaguardando as mais variadas concepções que é possível considerar, é fácil entender que para estimular o investimento e (obviamente) o crescimento têm de se evitar a diminuição do aforro. Cortar no investimento de forma categórica, é passar a mensagem de estagnação e do atraso que daí advêm. Deve-se procurar um equilíbrio corrente, sem esquecer nunca a óbvia divida pública.

Como seria de esperar a Igreja é actualmente um mártir à mercê da Republicá profana. Eu pessoalmente dispenso a infinita bondade de Deus. Aqui talvez o Estado Novo deixasse Dom Vasco mais descansado, sempre teria o lugar no céu.

"Quanto aos novos ricos, que há cerca de meio século que não eram tão poucos, nada têm já que ver com os Mellos, Queiroz Pereira ou Champalimauds, outrora tão vilipendiados."

Sinto aqui uma certa tristeza. Já não há novos ricos, afinal o que vai ser deste país sem a elite bancária que tanta falta faz para contraria a "proletarização da classe média" e que "talvez por seguirem ou ao menos respeitarem a doutrina social da Igreja, reinvestiam a maior parte dos lucros obtidos pelo seu capital na criação de novas empresas, gerando milhares de postos de trabalho e contribuindo para o progresso do País". Esta afirmação só demonstra a desenvolvida racionalidade do senhor Dom Vasco. Que para rematar lamenta o voto democrático, e como esse voto ignora a vontade do povo. (risos)

É caso para dizer: Aí que saudades do lápis azul.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Eu vou II

Amanha em dose dupla no salão Brazil. A Jigsaw e Mazgani.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hillary por um lado Obama pelo outro

No intervalo desta manhã de "introduções ao direito" fiz-me ao suplemento do Público: Os jornalistas gostam mais de Obama. Uma entrevista a Michael Schudson professor de Comunicação na Universidade de Columbia onde podemos ler o retrato da luta pelas presidenciais nos EUA sob a óptica da comunicação social. Entre queixumes de Hilary Clinton pela atenção dada a Obama, é explicado a vantagem do outsider que é Barack Obama. Uma cara jovem e descontraída (além de negra) com um passado por descobrir. Não imagino melhor engodo para os media. Fica claro nas palavras de Schundson que as "capacidades" de Obama "como candidato" são a razão do foco mediático, e que Hillary por muito que chore de forma "genuína" precisa de mais para vencer os rankings de antena.

No ultimo debate entre os dois democratas, parece ter sido claro para Tim Reid jornalista do Times, o impulso abonatório dado pelo mediador a Hillary Clinton. O debate resumiu-se a "querelas bairristas" entre os dois candidatos, num debate que mais parecia ter sido dirigido por qualquer membro da Tertúlia Cor de Rosa. Vamos discutir o uso ou não de um pin numa lapela?! Se isto não fossem uma corrida à Casa Branca todos nos riríamos da parvoíce que estava a dar no canal da MSNBC, e faríamos o devido zapping. No blog das presidências do Times é possível ver os argumentos defendidos para subitamente transformar um debate politico numa discussão do tipo "o meu é maior que o teu".

Na continuação da leitura da entrevista feita pelo Público, fica a sensação de existir uma diferença abismal do eleitorado Norte-Americano e do eleitorado, por exemplo, português. Com todos os defeitos que a nossa democracia possa ter, os EUA são o cúmulo. As eleições são como ir ao futebol (americano) a cada jogada há uma paragem, a cada 4 jogadas muda o sentido do jogo e ganha quem conseguir meter um jogador vivo na área de touchdown. No final do jogo vamos todos para casa e é esperar pelo próximo.

Puro entretenimento sufragista...

Mercado de interesses

A lógica de mercado assusta-me. Afinal são bens como os alimentos que asseguram a nossa existência. Se não vejam, porque é que o preço do trigo puderia aumentar 200% bastando para isso haver uma enorme quebra de produção e de stocks, e óbvio, larga procura? O cenário é um tanto ou quanto apocalíptico, mas o do petróleo, afinal, não anda tão longe quanto isso.A racionalidade dos preços pode ser cruel. Veja-se o exemplo, de destruir alimentos para os manter a baixo preço no mercado. Percebe-se também que os produtores precisem de ter margem de lucro nos produtos, uma baixa de preço drástica tornaria isso impossível.

A mão invisível que Adam Smith menciona é a ordem natural da conjugação dos vários interesses, contudo essa mão é tão eficaz como um sinaleiro em plena Praça de Espanha. É preciso não só a regulação e uma identidade como um carácter humanista na distribuição. O capitalismo veio para ficar, não desta forma auto-destrutiva - sem fazer referência a Marx - mas numa incontornável cooperação para a civilização. Não interpretem isto em traços revolucionários. Não há um pingo de revolução neste texto, apenas humanismo na sua linha mais racional e finita.

O Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas conseguem tanto dos Estados como aquilo que Eles querem dar. Apoiar um país vizinho não dá grandes votos, com sorte passa ao lado nos jornais e não existe grande contestação.

A regulação do mercado é uma obrigação ética de todos os países, assim como deveriam ser os orçamentos de Estado.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Um apartidário suis generis

José Milhazes no seu blog da Russia faz referência a um interessante acontecimento. Um cidadão russo apartidário vai dirigir, nada mais nada menos que um partido.

Apoiar Putin é como ter fé. É acreditar cegamente numa coisa que não é factual e qualquer raciocinio seria um entrave ao absurdo de Kierkegaard. Talvez loucura nas palavras de São Paulo.

Desta vez o Partido Russia Unida vai oferecer ao seu Cristo poderes quase absolutos. Putin vai dizendo que "se essa decisão for tomada pelo Congresso, deve entrar em vigor depois do chefe de Estado eleito ser empossado e, por conseguinte, depois dessas prerrogativas (presidenciais) serem retiradas a este vosso humilde servo". Fazendo referência à renovação da sociedade, alerta para a necessidade de maior abertura do partido. Julgo eu uma abertura que permita fazer chegar a todos a palavra do PRU, isto noutras palavras, um ainda maior controlo politico.

Ber e Oubir

O meu joelho e o SNS

Mais depressa amputo a perna do que consigo uma radiografia e uma ecografia ao joelho. Ainda por cima é uma euforia entre as recepcionistas com o meu cartão único, vulgo CU. E ver o meu cartão a rodar por toda a secretaria, nem que não seja à procura dos números no cartãozito. É fácil começar a dar plástico e a fazer experiências irrelevantes junto dos distritos mais envelhecidos e ostratizados. E acessos a Trás-os-Montes que não imitem a pista do Mónaco?

Recepcionista:
"Ecografia posso lhe marcar daqui a um mês. Se quiser pode fazer já a radiografia, são 30 euros mas precisa de um novo impresso. Este impresso que aqui têm não dá para nada disto."

Hipóteses:

A) Volto de novo ao médico para novo impresso?

B) Gasto 70 euros num ortopedista para conseguir logo uma ressonância magnética, bem mais precisa que qualquer outro teste e bem mais caro?

C) Continuo a mancar até o perder o joelho e não gasto mais tempo nem dinheiro?

Gosto tanto do meu SNS...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Berlus'escolha

De novo Berlusconi no poder. Daqui podemos retirar várias conclusões:

Os italianos não têm alternativas viáveis próximas da moderação politica. O equilíbrio é feito às custas de coligações inoperantes, acabando por tornar o país ingovernável ou se operantes são apenas um espelho do partido mais musculado.

A direita é olhada como a melhor alternativa para impor a ordem, parecendo que a corrupção entre órgãos estaduais e máfia só se combate negociando com esta. Mais corrupção entenda-se.

Prodi inspira tanto o povo italiano como o avó cantigas na Praça da Alegria.

Berlusconi é a a imagem viva do sonho italiano. O Italiano cosmopolita, ou não, admira-o num plano, não "fascizoide", mas de herói da competência.

O jogo de influencias exercido na politica italiana faz parecer o nosso parlamento uma escola profissional do Instituto de Emprego.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Lançamento

O terceiro CD do melhor duo de músicos portugueses. Dead Combo meus senhores, confira no myspace

-Aconselho a começarem por Sopa de cavalo cansado, Cuba 1970, Putos a Roubar Maças...

Uma séria tendência para a perfeição

R.I.P Claudia Cardinale 1938-2008

Na Madeira

Se há situações para o qual o adjectivo absurdo pode ser aplicado de forma plena é a situação da pequena ilha da Madeira. Com um cartoon na sua presidência,a Madeira têm na sua população o seu próprio problema. Com índice de Desenvolvimento Humano baixo, apenas atrás do Alentejo "comunista", é uma região que ainda assim têm evoluido de forma franca. Jaime Gama afirmou em clara embriaguez discursiva que "A Madeira é bem o exemplo, com democracia, com autonomia, com a integração europeia de um vasto e notável progresso no País" e como se não bastasse a brutidade, "toda esta obra historicamente tem um rosto e um nome e esse nome é o do presidente do Governo Regional da Madeira, a quem quero prestar uma homenagem, na diferença de posições, por esta obra e este resultado".

Sugiro na próxima revisão Penal a positivação de um costume. Uma alínea em carácter exclusivo para o Alberto. Desta forma não restariam duvidas quanto à sua situação de inimputável. Ideia esta que não sendo nova, é sem dúvida de reavivar.

Referia-me eu de forma errada, mas desculpável, à generalíssima população da Madeira. Entendo que esta Madeira é a fonte dos seus males. Não para Eles, afinal sugar contribuições Continentais e Europeias não deve ser mau para o desenvolvimento. Talvez fosse isso até que Jaime Gama quisesse dizer. Alberto João é a prova mais "texana" de que a população Madeirense dá a mão ao despotismo popular. E que daí se extraem pérolas como a que foi proferida por Alberto J. Jardim referindo-se à não realização de visita solene ao parlamento pelo PR; "Eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa".

O separatismo Madeirense seria uma bênção vinda do Papa João Jardim-o único

domingo, 13 de abril de 2008

Uma espécie de Jesus

“I am the Jesus Christ of politics. I am a patient victim, I put up with everyone, I sacrifice myself for everyone” diz Berlusconi

Agora possuir um Império, ter um airbus privado e pagar impostos é ser Cristo.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Irão para lá?

Bush veio ontem a publico afirmar perante a situação iraniana que a America will act to protect our interests and our troops. Entre linhas parece cada vez mais claro a disposição para uma intervenção mais "musculada" no Irão. Nada que não fosse já esperado. Depois de Mahmoud Ahmadinejad anunciar em plenos pulmões um "national day of nuclear technology".

É a festa nuclear!

Gostava de saber como vai agora McCain agir. Se por um lado defende o prolongar da estadia pensão completa das tropas americanas em solo iraquiano, como irá ser com a grande ameaça que parece ser o Irão. Como gerir a ânsia dos americanos, cada vez mais fartos de pagar a inflação militar, e o não abandono da posição ofensiva contra terrorismos&Cia?

Penal

Eu começo não por Penal, ou por processo Penal. Dou-lhe logo na revisão de tudo aquilo.

Que sentido prático tenho eu.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Preciso da bomba para a asma!

Se o melhor que o PSD têm para oferecer ao país é Menezes ou Santana Lopes então talvez não valha sequer a pena fazer campanha nas proximas eleições. O unico mérito de Menezes foi sem qualquer duvida enfrentar o pequeno Marques Mendes e atirar Santana Lopes às feras.

Quando interrogado acerca das criticas internas no PSD Cadilhe responde que "sempre o PSD criticou os seus líderes quando estava na oposição", tudo isto lhe parece natural e saudável. E por alguma razão é natural e até saudável que a nossa mais representativa oposição provoque asma aos portugueses...

No ouvido

Descobre as diferenças...


As diferenças estão à vista. Mas o que é a beleza? Bem, não me reconheço qualquer legitimidade para definir a beleza e penso mesmo que qualquer tentativa da minha parte seria disforme. É possível ler no Times "Didier Grumbach, head of the French Couture Federation, said that it was not up to the state to legislate on beauty and aesthetic criteria", uma declaração no mínimo grotesca, reduzindo o problema a uma questão de pura estética. Existe uma óptica clínica nisto, um problema de saúde publica.



Quando vemos a irresponsabilidade de uma industria, na prática essa mesma industria têm que se sujeitar a uma normação real. Aqui Jean-Paul Gaultier parece discordar: "You do not solve this kind of problem with the law but with understanding,". Parece que têm de haver mais compreensão, pergunto-me se essa compreensão terá de ser do publico para com os "ana-corpos" que deambulam de covas numa passerel.
Até parece que nada disto choca.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Um sindicato ao fundo do tunel

Falava eu de soluções e preocupações maiores. Aqui está um sinal vindo da esteira sindical. Não basta, não resolve, mas é alguma coisa.

"A Delphi em Castelo Branco poderá vir a receber até cem dos 439 trabalhadores que serão despedidos da congénere de Ponte de Sor"

E o Governo vai no bom caminho: "A acção será orientada em dois sentidos complementares: formação profissional e ajuda à criação de empresas, ao abrigo dos instrumentos de apoio ao empreendedorismo. "

Dar o peixe não é o mesmo que ensinar a pescar...

domingo, 6 de abril de 2008

Por um Zimbabwe mais inflacionado Bôta "Mugábi"




Vamos recontar votos até que Mugabe ganhe.


Até podia contribuir para a economia do Zimbabwe, baixando a taxa de desemprego para 79%. Aproveitando esta minha epifânia de ideias ridiculamente geniais já púnhamos os nossos recém licenciados a distribuir publicidade e a repor stocks no pingo doce.

sábado, 5 de abril de 2008

Carapetas social democratas

Na hora da despedida de mais 2 grandes empregadoras em Portugal é preciso primeiro que tudo encontrar soluções para estas famílias. É inútil disparar em direcção ao Governo. Acredito que neste momento são necessárias soluções, cabe à oposição reagir. Apontar dedos e declarar falências é tão útil como levar o dedo ao nariz numa sessão parlamentar. O dr. Menezes não tivesse ele um "saco de pancada" em seu lugar no parlamento poderia ser assim descrito.

Verdade que a politica de incentivos não têm mostrado os frutos esperados, mas nem o Governo controla o mercado. Ou o PSD defende um maior proteccionismo, de pendor nacionalizante já agora, face ao mercado?

“Quem negociou incentivos fiscais para as empresas se instalarem foi o Governo, cabe ao Governo antecipar as empresas em que se perspectiva uma deslocalização e negociar com elas”

Vamos ver como tudo vai desenrolar no conjunto de obras publicas e contratos laborais.
Acho é que estamos com super avit de peritos a precisar de rinoplastias...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ciencia ao serviço da religião

Rabbi Levi Brackman escreve no Ynews.com em opinião: "Religion is good for you"

Diz ele que " people do not want to become religious is as understandable as that some don’t want to eat healthily or exercise. But at least now those people cannot blame their lack of religious affiliation on the false claim that organized religion is bad for humanity or bad for the individual. " tudo isto sobre um argumento cientifico. Afinal já existe um estudo que admite a maior felicidade para as pessoas religiosas.

Concordo plenamente. Eu e todos aqueles que se submetem à "razão meta-cientifica" da religião, falando agora mais precisamente dos judeus.
Afinal aqueles que morreram nas câmaras de gás ou queimados pela inquisição até eram os mais felizes do bairro deles. Obviamente que não estou aqui a desculpar qualquer acção anti-semita, apenas quero deixar bem claro que religião não é nem nunca foi sinónimo de felicidade assim como não o é de infelicidade. Se alguém encontra felicidade em rezar óptimo! Agora que ninguém negue o ódio cruzado entre religiões ao longo da história e que ainda hoje centram tantos conflitos pelo mundo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Israel 60 anos depois

Dos 60 anos de Israel promoveu-se aqui na Universidade provinciana, como o Dr. Canotilho tão rudemente apelidou à uns tempos, um colóquio ao qual fiz questão de estar presente. O programa prometia entre outros oradores Oulman Carp, Jorge Sampaio e Alan Dowty. Apenas o ultimo tomou presença e diga-se com todo o seu mérito.

Também J.J. Gomes Canotilho teve presença na mesa e assumiu a sua "veia" hebraica. Com João Loureiro, seu disciplo, a fazer uma verdadeira intervenção rally mas que ao contrário das suas aulas, com mais tempo acredito que poderia ter sido bem interessante.

Das várias questões levantadas foi importante voltar a algumas questões que me parecem a mim ser centrais em tudo isto. Qual a legitimidade de Israel em reclamar uma terra prometida? Até que ponto deve o sionismo influenciar a gerência jurídico-politica do território Israelita (muito em relação aos palestinianos a viver em Israel)? Existirá alguma solução satisfatória para as duas partes? Que papel devia a Europa já ter assumido neste momento?

Tomei posição relativamente ao conflito Israelo-árabe em posts anteriores.

Eu vou II

Anaifa? Até a coxear...

Mc



A espalhar todo o seu charme républicano McCain admite orgulhosamente: "Na verdade, os meus quatro anos na Academia Naval não foram notáveis por virtudes exemplares ou feitos académicos, mas sim por uma impressionante lista de deméritos que eu consegui acumular". Confirma-se assim que existe uma séria tendência republicana para a parvoeira declarativa.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Em papel


Na cabra desta quinzena.
Isto não é uma fotografia. Aqui Woody Allen dando vida a Isaacc Davis desce uma escada ao encontro de Hemingway no papel de Tracy. E como se descesse a si mesmo para encontrar o seu “eu”, atravessa a escuridão para se juntar a Tracy, o director de design do New York Times Khoi Vinh confessa “Physically, it’s the same room, but for all intents and purposes, the characters occupy two separate spaces”.

Tudo isto sobre um naturalismo a roçar o abstraccionismo que caracteriza Manhattan. A linguagem praticada por Gordon Willis cinematógrafo é minimalista, utiliza o visual para transmitir aquilo que não é dito e como que por osmose influência o desenrolar do filme, as personagens são reféns do espaço onde se encontram, “ an artful sense of framing that treated actors and scenery alike as stark compositional images” descreve Vinh. Esta cena materializa um novo romantismo sem melodramas ou fatalismos vagos, apenas duas pessoas que vivem as suas vidas, atribuladas como são, complementando-se numa perfeição jazzistica. E os pequenos pormenores são tudo, a luz que centra Tracy e provavelmente a aquece desenha também a silhueta da sua perna mostrando-a sensual e leve, o braço que serve de apoio à sua cabeça é sinal de natural despreocupação. Isto numa construção inteligente de dois espaços distintos. Allen desce as escadas de forma tosca parecendo alheio ao espaço de Tracy, mas a verdade é que ele só as desce para ela.
Há uma mudança suave enquanto ele desce, como se esquece-se por momentos o que ia fazer e de forma natural se decidisse pela solidão ternurenta de Hemingway. O ruído e a imagem a preto e branco são decisivos nesta dialéctica minimal, pois tudo se perderia na vastidão agressiva da cor. A arte de Gordon Willis pode ser apreciada em filmes como O Padrinho, Annie Hall e Os Homens do Presidente.

Manhattan filme de 1979 de Woody Allen


ps: Agora que releio o texto mudaria varias coisas.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Fight the power!

Cagle Cartoons


O comunismo soviet abriu alas para uma democracia Putin's way. A tolerância da população russa a um centralismo "mais" democrático é surpreendente, nem mesmo a violação clara de direitos humanos parece atormentar o poder autoritário do Governo Russo. E porque já podemos falar de governo na Rússia, afinal tudo parece estar controlado e dentro do circulo Putin-Nekrasov-Kovalev.



As provocações vindas dos EUA têm uma consequência óbvia no eleitorado russo, fragilidade face à propaganda e acções patriotas. A juventude Nashi é um exemplo assustador do que significa enquadramento de massas e tudo isto é suportado com incursões em apneia dos EUA na Europa de Leste. O diálogo neste momento parece ser um justificador de acções já tomadas e não um meio de entendimento, e pode correr mal. A Ucrânia e a Geórgia assim como muitos países europeus têm uma tal dependência energética que uma possível expansão da NATO a estes países é uma questão acima de tudo provocatória e sem efeito prático para os membros da NATO. Que é o mesmo que dizer, pode trazer mais problemas que benefícios.