sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

De Portas com amor...

Já é altura de alargar o debate. Afinal o que é que os cidadãos esperam do Estado? Mais justiça e coesão social ou uma auto-suficiência a todos os níveis? Não é uma escolha ideológica, mas antes uma tomada de consciência colectiva sobre si mesma. Não podemos criticar carga fiscal e ao mesmo tempo esperar uma reforma, enfrentar a realidade económica concreta é um trabalho do presente e que a cada um de nós diz respeito. Vamos continuar a disparar lamentações, muitas delas terrivelmente saudosistas, a deixar o debate e a escolha óbvia para alturas mais apropriadas como o encerramento de serviços hospitalares e escolas básicas. Tudo isto embalado no oportunismo atroz politico de alguns. Encher a comunicação social de slogans balofos e esperar que rebentem é a prática comum. Paulo Portas é dono e senhor do prémio da inutilidade Parlamentar (acabei de o inventar à espera de uma categoria nos globos).

"A Constituição de 1976 é um erro histórico: atrasou economicamente o país, equivocou-o socialmente e excluiu-o da realidade contemporânea"

Depois temos de ouvir coisas destas no parlamento, até porque um partido dito democrata-cristão traria o que Portugal realmente precisava.

Ajuda do Altíssimo...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

UNMIK

"O que leva Lisboa a manter um silêncio sepulcral sobre o reconhecimento do Kosovo?" É a pergunta lançada por Teresa de Sousa no jornal o Publico. De uma forma muito directa e sem ter lido o seu artido na integra atrevo-me a responder. Que mais pode Portugal fazer naquilo que é o velório do próprio Kosovo?

E ao contrário do que possa parecer não é uma impulsão suicida, mas sim uma morte "medicamente" assitida. O Kosovo é aqui como defunto também a menor das premissas, daí talvez considerar como um suicidio com vontade imperfeita... ups, isto já é CRP a mais, o Direito Internacional é aqui chamado, ele e a sua manifesta credibilidade.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tate Modern, Fidel e virus

"Yet still the Deputy Leader of the Labour Party, the Leader of the House of Commons, a member of the Cabinet, is in love with Fidel. When asked, earlier this week, in an interview: “Fidel Castro - authoritarian dictator or hero of the Left?” she answered unhesitatingly - “hero of the Left”.

Numa reflexão nada original Daniel Finkelstein faz contudo uma comparação interessante. Go to Tate Modern and you will find an exhibition of Soviet art - workers joyfully producing tractors or some such. In the bookshop you can buy a book of posters from the cultural revolution. Hitler memorabilia is not on sale. They wouldn't dream of having a room full of artfully designed Juden Raus! posters. De facto parece um alivio para alguns assumirem a sua esquerdice, como se o mal feito por autointitulados comunistas fosse sempre uma reprecursão da existência de um eixo agressor, a direita.

A questão não é nova, os argumentos não são inovadores, mas existe um elemento meta-social qualquer que se assume como um virus e como virus adapta-se às mudanças históricas.

Podem ler aqui na integra

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

De crocodilo a felino

O desespero apodera-se de Clinton, se no ultimo frente a frente com Obama tudo levava a crer que o apelo à lágrima Americana seria a táctica a seguir, Mrs Clinton entra naquela altura do mês complicada para qualquer candidata. Isto para não falar nos "must haves" que são o Texas e Ohio, parece dado o alerta máximo na sua campanha.

E quem nem parece precisar de campanha é Obama, não dando crédito às criticas feitas devido à aparente falta de conteúdo objectivo no seu discurso acresce agora contra si a acusação de falta de experiência. Clinton diz, Weve seen the tragic result of having a president who had neither the experience nor the wisdom to manage our foreign policy and safeguard our national security,” in NYT, mas já agora, afinal Hillary têm experiência em gerir conflitos militares ou questões de segurança nacional? E a sombra de Mr. Clinton paira mais uma vez...

Esperemos pelos próximos passos na campanha dos Democratas, e já agora, mostrar Obama com um turbante e tentar com isso ganhar eleitores é no mínimo ganhar no Texas e perder em dignidade. Qual o mais importante (?). De qualquer maneira a ideia nem foi a candidata, talvez um acessor de um acessor...